A primeira temporada da série Feud no Star Plus foi extraordinária. Os momentos incríveis e o roteiro bem estruturado contavam a história da relação entre as estrelas Bette Davis e Joan Crawford. Além disso, as extraordinárias atuações de Susan Sarandon e Jessica Lange foram incríveis. Com isso, fiquei extremamente empolgada para a segunda temporada. Feud: Capote vs the Swans tem um elenco incrível, mas enfrenta problemas na história.

A série é baseada no livro mais vendido Capote’s Women: A true story of love, betrayal, and a swan song of an era (2021). Depois de se aproximar de um grupo de socialites nova-iorquinas, que ele chamava de cisnes, Capote registrou muitas de suas histórias privadas (e picantes) em seu futuro livro, Súplicas atendidas. Uma prévia da obra foi publicada na revista Esquire. E, como resultado, a amizade com elas acabou e o autor foi banido da alta sociedade.

O que achei?

Como já mencionei no título, o elenco é incrível, começando por Tom Hollander no papel principal. Muitos podem pensar que ele está exagerado, afetado demais, mas o verdadeiro Capote era assim mesmo. Inclusive, muitos estão prevendo uma possível indicação ao Emmy por sua atuação. E temos as “cisnes” de Capote. Obviamente, Naomi Watts tem mais chances, já que também é produtora. Seu personagem é o grande amor idealizado por Capote. Ela sofre, sempre com muita elegância. Mas não é só ela. Calista Flockhart, Demi Moore (muito boas) e Diane Lane têm ótimos momentos. Molly Ringwald e Chloe Sevigny não se destacam tanto.

No entanto, o grande problema está no roteiro. Ele se repete várias vezes com a decadência de Capote após a briga com suas cisnes, o que se torna cansativo, especialmente porque Capote é uma personalidade cansativa. Além disso, há idas e vindas na linha do tempo que acabam deixando tudo confuso. Por fim, o penúltimo episódio parece ser o final, mas o roteiro se arrasta por mais 50 minutos. No entanto, é uma produção de alta qualidade, com uma direção de arte, fotografia, trilha sonora e figurino impecáveis. É uma pena que tenha faltado um roteiro mais eficiente.