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Streaming | Um conto que reflete a jornada do Nada ao Amor!

setembro 30, 20235 Min. de Leitura


Constantemente abordo aqui sobre a frustração de não conseguir assistir tudo o que quero em plataformas de streaming. No entanto, no final das contas, precisamos aprender a relaxar, pois é simplesmente impossível ver tudo o que desejamos. Um dos filmes que eu queria assistir é Do Zero ao Eu Te Amo, que está disponível na Looke. Infelizmente, não consegui assistir, mas meu amigo José Augusto Paulo viu na Europa. Sua crítica está aqui.

Do Zero ao Eu te Amo

Por vezes, as sugestões nas listas de streaming despertam bastante curiosidade. Foi assim que decidi assistir De Zero ao Eu te Amo. Agora entendo que, às vezes, os algoritmos também se enganam, já que, com seus pontos positivos e negativos, não é exatamente o tipo de filme que gosto de assistir. Porém, faz refletir, quase de uma forma oposta ao que é discutido. Também há algumas atuações boas, apesar da direção inconsistente e da falta de intuição para trilha sonora. Não me arrependi de ter assistido. E não desisti logo no começo, o que sempre é um bom sinal.

Leio que o filme deveria abordar a história de Peter (Darryl Stephens), que claramente evita intimidade e relacionamentos duradouros. No entanto, concentra-se em relacionamentos de homens casados e, portanto, indisponíveis. Mas um dia ele conhece alguém (Scott Bailey) por quem realmente se apaixona. Adianto que, para mim, o filme tratou mais sobre duas visões distintas, heterossexual e homossexual, de como desperdiçar o que muitos desejam e não conseguem. Ou seja, uma vida familiar harmoniosa com todas as comodidades, alguém que se ama, amigos e todos os outros detalhes que muitos almejam.

A crítica

O filme parece se concentrar nas formas como podemos “jogar fora” tudo o que conquistamos, em vez de nos aprofundar nos traumas que isso causa. Especialmente na forma como algo que tentamos evitar às vezes cresce além do esperado e nos surpreende pela importância que adquire em nossas vidas, mesmo sem planejarmos que fosse assim. O título do filme mais ou menos se refere a isso, mas é pronunciado apenas quase no final.

Pessoalmente, acredito que não podemos construir um relacionamento feliz sobre as ruínas de um que acabamos de destruir, como o desfecho da série Looking parece comprovar. No entanto, o escritor/diretor (Doug Spearman), com sua experiência como ator, parece discordar. Talvez seja algo autobiográfico, quem sabe?

As situações do filme possuem um valor dramático e o texto às vezes consegue dar destaque a elas. Há vários diálogos que parecem se arrastar, conflitos que parecem desaparecer antes de atingir o ápice. E ainda uma câmera sem muita criatividade, uma fotografia que não explora muito as texturas e cores. Isso sem mencionar uma trilha sonora que parece ter sido feita em um fim de semana em uma garagem. No entanto, assisti De Zero ao Eu te Amo até o final. Não só porque queria ver como terminaria (quase uma batalha imaginária com o diretor), mas também porque alguns personagens me cativaram.

A história em si, se não a vimos em outros filmes, livros ou até mesmo presenciamos na vida real, acontece de várias formas e em muitos momentos. O certo é que no final não considero o filme ruim, mas acredito que poderia ter sido muito melhor. Talvez por questões de orçamento (a ação parece se passar no estado de Nova York, mas as filmagens parecem ter sido feitas na Califórnia). Ambos os atores já estiveram em vários filmes de baixo orçamento. Talvez este seja apenas mais um. O interessante é que as listas de streaming querem mostrá-lo de outra forma. De qualquer maneira, assista se tiver tempo e oportunidade.

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Fotos: Reprodução, Divulgação, bloghollywood, Google

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