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Streaming | A armadilha surpreendente no MAX supera as expectativas iniciais.

outubro 26, 20245 Min. de Leitura


É comum nos estúdios cinematográficos a prática de “esconder” alguns filmes da imprensa e mostrá-los apenas para os “influenciadores”. Isso é feito com o intuito de evitar críticas da imprensa séria e contar apenas com os elogios dos “influenciadores”. Isso ocorre quando nem mesmo o próprio estúdio acredita no filme. Foi exatamente o que aconteceu com o último filme de M. Night Shyamalan, chamado “Armadilha”, que o diretor veio ao Brasil para lançá-lo, mas só exibiu meia hora na pré-estreia. Sou fã de Shyamalan, mas confesso que fiquei desapontado com essa história e nem cogitei assistir no cinema. Agora que “Armadilha” estreou na plataforma MAX, decidi assistir. O filme é menos ruim do que a estratégia do estúdio me fez pensar, mas ainda assim apresenta várias falhas.

O protagonista Cooper (interpretado por Josh Hartnett) e sua filha adolescente estão em um show de música pop. No entanto, Cooper percebe a presença excessiva de policiais ao redor e isso o deixa preocupado. Ele rapidamente descobre que ambos estão no epicentro de uma armadilha montada para capturar um serial killer chamado “o açougueiro”. O que deveria ser uma noite divertida entre pai e filha se transforma em uma luta desesperada pela sobrevivência. Isso porque Cooper tem um grande segredo e é o alvo dessa perseguição.

Minha opinião

Já adianto que revelar que Cooper é o serial killer não é spoiler, pois essa revelação acontece por volta dos primeiros 10 minutos do filme e também está presente no trailer. O ponto do roteiro, também escrito por Shyamalan, não é descobrir quem é o serial killer, mas sim como Cooper vai conseguir escapar da armadilha policial. O filme é dividido em duas partes: uma que ocorre dentro do estádio onde o show está acontecendo e outra fora dele. A primeira parte é muito melhor, apesar de Shyamalan claramente usar o filme como uma forma de promover a carreira de sua filha, Saleka Shyamalan. Ela interpreta a cantora e compôs 14 músicas para o filme, porém todas são completamente esquecíveis. A parte musical às vezes funciona, mas em outros momentos se estende mais do que deveria.

Aliás, esse é um problema de “Armadilha” como um todo, pois ele tem vários “finais”, momentos onde o filme poderia facilmente terminar. Ou seja, ele se prolonga mais do que deveria, o que afeta o resultado final. Há pouco suspense real, com exceção da cena do banheiro na casa. Em muitos momentos, me lembrou do filme “Jogada Final”, estrelado por Dave Bautista. No entanto, há pontos positivos. Um deles é a atuação de Josh Harnett, que consegue equilibrar bem os aspectos fofos e perturbadores de seu personagem. O outro é a participação da veterana Hayley Mills (conhecida por seu trabalho em “Operação Cupido”), que interpreta uma especialista em comportamento. Gostei dessa escolha de Shyamalan em trazê-la de volta.

No fim das contas, o estúdio nem precisava ter escondido o filme. Ele não é um grande filme, mas também não é tão terrível como outros que são lançados por aí. É apenas mediano. Ah, e tem uma cena legal no meio dos créditos!


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Fotos: Reprodução, Divulgação, bloghollywood, Google

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