Outro dia, aconteceu mais um caso de evasão fiscal na China: depois de três vezes anteriores – sendo uma delas na semana passada – a autoridade aduaneira da China (HKEPC) prendeu mais um homem tentando entrar ilegalmente em uma das províncias do país com componentes de computador amarrados à cintura.
Desta vez, o detido carregava mais de 300 processadores da Intel presos ao seu estômago com fita adesiva e papel-filme, de acordo com relato visto no China People Daily (via WCCFTech). Segundo as informações, o suspeito chamou a atenção dos oficiais pelo jeito incomum de caminhar. Ele estava saindo de uma província do interior em direção à região continental da China.
Ainda de acordo com o jornal chinês, o homem estava usando roupas largas para esconder o pacote amarrado à barriga, mas não conseguiu esconder o desconforto de andar com o peso extra preso ao corpo. A suspeita de que se tratava de processadores da Intel surgiu porque algumas fotos mostram capacitores que não existem nos chips da concorrente AMD.
O contrabando de peças de informática está em alta na China, principalmente por causa das taxas impostas aos produtos em viagens internas pelo país. Ao contrário do que acontece no Brasil, as tarifas aduaneiras chinesas são aplicadas província por província. Isso significa que se você levar algum material previsto na legislação de Xangai para Beijing, por exemplo, você será cobrado da mesma forma que nós seríamos se trouxéssemos um celular dos EUA para o Brasil sem as devidas justificativas fiscais.
Isso é considerado um crime de evasão fiscal, quando se usa métodos ilícitos para evitar o pagamento de tarifas previstas em leis financeiras.
De acordo com um relatório do WCCFTech, nos últimos dois anos, as tentativas de evasão fiscal custaram aos cofres da China quase US$ 4 milhões (R$ 19,52 milhões), o que justifica uma maior atenção dos oficiais alfandegários do país.
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