Geralmente, acumulamos uma lista de filmes e séries para assistir no streaming. E muitas vezes outros vão ganhando prioridade. Já faz tempo que eu tinha interesse em ver A Teacher (Uma Professora), do Disney Plus, e Desejo Obsessivo, da Netflix. Coincidentemente, ambos têm um tema em comum: uma paixão avassaladora que faz você esquecer do mundo. Apesar das diferenças, gostei dos dois.
A Teacher (Uma Professora)
A minissérie A Teacher é baseada em um filme de mesmo nome lançado em 2013. Hannah Fidell, criadora da minissérie, também escreveu e dirigiu o filme. A história segue Claire Wilson (Kate Mara), uma professora de ensino médio casada. Insatisfeita com sua vida, ela se envolve romanticamente com Eric Walker (Nick Robinson), seu aluno menor de idade. Esse relacionamento desencadeia consequências que se arrastam por anos na vida deles.
A Teacher foi produzida em 2020 e possui dez episódios, com cerca de 30 minutos cada. Essa estrutura permite uma divisão perfeita das situações e explora diversas facetas do relacionamento deles. No início, Hannah Fidell não coloca os dois como vilões e vítimas. Porém, especialmente após o baile, surge um desconforto crescente. É a sensação de abuso e a percepção do trauma, que só são expressas no desfecho final.
Normalmente, não sou fã de Kate Mara (nem de sua irmã), mas aqui ela está muito boa. Porém, a história é toda de Nick Robinson. Embora ele já tivesse 24 anos quando interpretou o papel de Eric, ele é totalmente convincente como um adolescente de 17 anos. É talvez um dos melhores atores de sua geração. Ele nos faz sentir seu entusiasmo, sua paixão e, principalmente, sua dor. Preste atenção especialmente na cena do bar, com Grace Gummer (filha de Meryl Streep, também ótima). É o momento em que ele finalmente compreende o que aconteceu consigo mesmo. É excelente, assim como a minissérie.
Desejo Obsessivo
Muitas pessoas devem se lembrar do filme dos anos 90, Perdas e Danos (disponível no Belas Artes a la Carte). Tanto Perdas e Danos quanto Desejo Obsessivo são baseados no livro de Josephine Hart com o mesmo nome. Ou seja, é basicamente a mesma história, com algumas pequenas diferenças. Aqui, William (Richard Armitage) é um cirurgião de sucesso com uma carreira política promissora e uma bela família. Tudo muda quando ele conhece Anna (Charlie Murphy, de Peaky Blinders), uma mulher sedutora e intrigante, que por acaso é noiva de seu filho. No entanto, a faísca de uma relação proibida entre eles surge e cada momento se torna mais intenso e perigoso.
O filme apresenta cenas de sexo explícitas, incluindo nudez frontal. Algumas são extremamente sensuais. No entanto, o início me incomodou. William fica obcecado muito rapidamente, sem um desenvolvimento adequado. Faltou conteúdo e uma direção mais precisa, já que os olhares deles seriam perceptíveis por qualquer pessoa, concorda? Mas, se isso não te incomodar, você se envolverá na série, que tem apenas quatro episódios.
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