Há diversos documentários sobre famosos da Era de Ouro de Hollywood. Recomendo especialmente Jane Fonda em 5 atos, Natalie Wood: Aquilo que Persiste (MAX) e Lucy e Desi (Prime Video). E recentemente estrearam mais dois no MAX. Faye: Entre Luzes e Sombras conta um pouco da história de Faye Dunaway. Já Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas, que revela a história da estrela através de fitas gravadas por ela nos anos 60. Vale a pena assistir aos dois, embora o de Liz seja muito melhor. Se você é fã da Era de Ouro, não pode perder.
Faye: Entre Luzes e Sombras
Embora reconheça que Faye Dunaway foi uma das maiores atrizes das décadas de 60 e 70, devo confessar que nunca fui muito fã dela. Sempre achei suas atuações um tanto frias e desconfortáveis. No entanto, isso foi um grande triunfo em papéis de filmes como Chinatown e Bonnie e Clyde. O documentário mostra bem o respeito que todos têm por ela, mas também deixa claro que nem todos a admiram. Apesar disso, seu filho Liam e sua amiga Sharon Stone a enaltecem.
O documentário Faye logo de cara mostra a impaciência de Faye Dunaway, dizendo que já estava pronta para filmar. Em seguida, ele retrata seu início no teatro e seu primeiro sucesso com Bonnie e Clyde. Menciona alguns pontos altos de sua carreira, como Chinatown, Rede de Intrigas (que lhe rendeu o Oscar) e Mamãezinha Querida (filme que muita gente detesta, mas que eu gosto). Também fala bastante sobre seu projeto de dirigir e estrelar o filme Master Class, que acabou sendo cancelado. No entanto, momentos importantes de sua carreira, como Os Olhos de Laura Mars, são apenas mencionados.
No final, Faye é um documentário que não traz grandes novidades (exceto quando ela revela que Marcello Mastroianni foi o amor de sua vida!). Além disso, Faye também revela que é bipolar. No entanto, como geralmente acontece quando um documentário tenta retratar uma vida inteira em pouco tempo, ele acaba sendo superficial e pouco aprofundado.
Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas
Isso não acontece com Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas. Este documentário se dedica a analisar fitas de entrevistas gravadas por Liz nos anos 60. Além disso, ele inclui algumas entrevistas mais recentes para fornecer uma ideia da vida pessoal e profissional dessa grande atriz. Cartazes, fotos, vídeos amadores e entrevistas em vídeo da época tornam todo o conteúdo ainda mais rico.
O documentário é bastante envolvente e às vezes até emocionante. Ele não esconde as incertezas de Liz, nem o reconhecimento de seus erros. É especialmente interessante ouvi-la dizer que odeia o filme que lhe rendeu seu primeiro Oscar, Disque Butterfield 8. Ela também menciona as falhas em alguns de seus casamentos e fala abertamente sobre seus problemas de saúde. Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas também destaca seu trabalho pioneiro como ativista na conscientização da AIDS e na ajuda às pessoas afetadas pela doença, como seu grande amigo Rock Hudson.
A parte que mais me interessou foi a parte sobre Cleópatra. Liz foi a primeira atriz a receber um milhão de dólares por um papel no cinema. Ela também ficou gravemente doente, o que levou a interrupção das filmagens por dois anos. E tudo isso sem mencionar a paixão avassaladora que surgiu entre Elizabeth e Richard Burton, seu parceiro no filme. Imagine só como foi, especialmente porque os dois eram casados, e não podemos esquecer que estamos falando dos anos 60.
Com tudo isso, Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas é um documentário extremamente fascinante, que faz você admirar ainda mais essa estrela que viveu intensamente.
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