Já temos conhecimento sobre a série A Mulher no Lago há algum tempo. Ontem (17) foi a estreia da minissérie na Apple TV Plus, com dois dos sete episódios. A primeira vez que ouvi falar dela foi quando Lupita Nyong’o, que estava programada para ser uma das protagonistas ao lado de Natalie Portman, decidiu abandonar a produção sem maiores explicações, mesmo já tendo começado as filmagens. Moses Ingram (do Obi-Wan Kenobi) foi escalada como sua substituta. Além disso, durante as filmagens em Baltimore, a equipe enfrentou ameaças (confira a matéria sobre isso aqui). Tudo isso, é claro, desperta nossa curiosidade, não é mesmo?
A minissérie é baseada no romance de 2019 de Laura Lippman. A trama se passa durante o Dia de Ação de Graças de 1966, quando o desaparecimento de uma jovem abala a cidade de Baltimore. É nesse contexto que as vidas de duas mulheres se cruzam. Maddie Schwartz (interpretada por Natalie Portman) é uma dona de casa judia que busca deixar seu passado secreto para trás e se reinventar como jornalista investigativa. Cleo Johnson (interpretada por Moses Ingram) é uma mãe que enfrenta as dificuldades políticas enfrentadas pela população negra de Baltimore, enquanto luta para sustentar sua família. A princípio, suas vidas tão diferentes parecem distantes uma da outra. No entanto, quando Maddie se obsaixona pela misteriosa morte de Cleo, um vazio se abre, colocando todos ao seu redor em perigo.
Minhas impressões dos dois primeiros episódios de A Mulher no Lago
O trailer é fantástico, não é? No entanto, já adianto que os dois primeiros episódios são um pouco lentos. A cinematografia, direção de arte e figurino são excelentes. O elenco também, é claro. Porém, confesso que fiquei um pouco irritado com o comportamento histérico da personagem de Natalie Portman. O roteiro traça paralelos entre as vidas das duas mulheres, que acabam se cruzando, mesmo que não percebam. Nesses dois episódios, Maddie está passando por um momento que a leva a deixar sua casa (e seu marido e filho, que a odeia) e encontrar o corpo de uma menina no lago. Já Cleo luta para criar seus filhos adequadamente e, para isso, precisa aceitar um pedido de seu chefe que a coloca em perigo. No entanto, tudo é apresentado de forma estranha, em um ritmo lento que dificulta o envolvimento do espectador.
No entanto, A Mulher no Lago apresenta escolhas interessantes de roteiro e direção. Sabemos que Cleo morrerá, mas desconhecemos como e quando. Ela é a narradora da história, que possui uma atmosfera de film noir bastante interessante. Mesmo assim, despertou minha curiosidade para saber como a trama irá se desenrolar. E estou especialmente ansioso para ver mais de David Corenswet (o novo Superman), que interpreta o antigo namorado de Maddie. Há um segredo entre eles que me deixou bastante curioso para descobrir.
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