Compreendo que muitas pessoas não têm uma opinião favorável sobre Jennifer Lopez por várias razões. Eu não sou uma dessas pessoas. Acredito que ela seja uma boa atriz, admiro sua perseverança e seu carisma. Gosto de vários de seus filmes. Mas também acho que ela tem cometido alguns erros em seus projetos mais recentes. Basta lembrar dos fracos Casamento Armado e This is Me… Now, ambos disponíveis na Prime Video. E o resultado não é muito diferente com Atlas, que estreou ontem (24) na Netflix. É uma pena.

No filme, Jennifer interpreta Atlas Shepherd, uma analista de dados brilhante. No entanto, ela não se sente atraída e nem confortável para socializar com pessoas. Em um mundo completamente dominado pela tecnologia, é incomum que uma analista tenha uma profunda desconfiança em relação à inteligência artificial, mas esse é o caso de Atlas. No entanto, quando uma missão para capturar um robô com um passado enigmático sai do controle, ela se vê obrigada a trabalhar em conjunto com a IA para evitar uma catástrofe iminente. Diante da ameaça de um robô determinado a extinguir a humanidade, Atlas embarca em uma jornada de confiança improvável. E terá que confrontar seus próprios preconceitos enquanto luta para salvar o futuro da civilização.

Minha opinião

O diretor Brad Peyton deu uma entrevista dizendo que Aliens: O Resgate havia sido uma das inspirações. Na verdade, acho que é uma mera cópia descarada. Já faz um tempo desde que assisti a Aliens, mas não ficaria surpresa se tivessem até diálogos idênticos, rsrs. Isso inclui a falta de confiança dela em relação a um robô (no final, é tudo a mesma coisa), a sua entrada em uma armadura e a inteligência artificial como vilã. Confesso que isso me deixou um pouco impaciente com toda a história. Sem mencionar o cabelo dela que ficava cobrindo o rosto o tempo todo – será que não tinha um elástico em algum lugar? Rsrs

Com também suas várias horas de duração, o filme tem pelo menos metade do tempo só na conversa entre Atlas e a AI do bem, chamada de Smith. Por mais que Jennifer seja uma boa atriz, é um pouco demais e acaba se tornando cansativo. Há uma cena ou outra interessante, só isso. Falando sobre o elenco, Simu Liu está bem como o vilão, e Sterling K. Brown faz um bom trabalho (ele é ótimo sempre). Mas Mark Strong e especialmente Lana Parrilla não têm muitas oportunidades.

A divulgação do filme

Conhecendo a indústria de Hollywood e as estratégias dos estúdios para promover determinados filmes, é interessante perceber uma coisa. Toda essa história sobre uma possível separação de Jennifer e Ben Affleck surgiu agora, ou seja, pouco tempo antes do lançamento do filme. Jennifer vai às pré-estreias sozinha, enquanto Ben cobre sua mão com um casaco para que não possamos ver se ele está usando aliança ou não. Tudo isso é feito para provocar comentários e falar sobre o filme. Pode me chamar de cética, mas tenho a sensação de que isso é apenas uma estratégia de promoção para o filme.