Assisto poucos documentários no streaming (definitivamente falta de tempo). No entanto, recentemente vi dois que compartilhavam a narrativa de mulheres famosas, que enfrentaram ou ainda enfrentam adversidades, mas exibem uma força extraordinária. “Eu sou: Celine Dion”, da Prime Video, tem sido muito bem recebido, especialmente por retratar a luta da cantora contra uma síndrome degenerativa. Já “Diane Von Furstemberg: Mulher no Comando”, que conta a impressionante jornada de Diane no mundo da moda, está disponível no Disney Plus.
“Eu sou: Celine Dion”
Raramente testemunhei tamanha desprendimento por parte de uma pessoa célebre. Celine Dion aparece sem maquiagem aos 56 anos e fala abertamente sobre sua doença, a Síndrome da Pessoa Rígida. Ela descobriu essa condição em 2022 e desde então passou por momentos de altos e baixos. Houve épocas em que ela enfrentava dificuldades para andar, perda de equilíbrio e dor intensa. Além disso, ela também apresentava problemas de controle vocal. A documentação até inclui um momento em que ela tenta cantar, mas enfrenta dificuldades. Nesse instante, ela se emociona e revela o quanto é difícil para ela admitir essa situação para o público. Já assisti Celine Dion ao vivo em um palco, e ela controlava sua voz como desejava. Portanto, fica clara a terrível natureza dessa situação para ela.
No entanto, o momento mais chocante é quando ela sofre um surto diante das câmeras. A cena mostra Celine durante uma sessão de fisioterapia, quando ela percebe espasmos em seu pé. A partir desse ponto, as coisas pioram. Rapidamente, ela recebe socorro, mas acaba tendo uma convulsão e experimenta uma dor agonizante. É realmente angustiante.
O documentário também mostra um pouco da rotina da cantora com seus três filhos. Há uma homenagem ao falecido marido dela e até uma mostra de sua enorme coleção de roupas armazenadas em um depósito. A história também termina com uma mensagem de esperança, quando Celine realiza algumas atividades, assim como no filme “O Amor Mandou Mensagem”. É impossível não torcer por ela, mesmo que “Eu sou: Celine Dion” tenha momentos repetitivos e seja um pouco cansativo. Mas a força de Celine faz com que você acompanhe a história dessa mulher incrivelmente resiliente.
“Diane Von Furstenberg: Mulher no Comando”
Sempre fui fã dos vestidos transpassados, grande sucesso e invenção da própria Diane. Inclusive, tenho três (na época em que a cotação do dólar permitia, rsrs). Foi isso que despertou meu interesse pela história dela, contada de forma didática no documentário “Diane Von Furstemberg: Mulher no Comando”. Ao contrário do documentário de Celine Dion, esse é leve e cativante.
No entanto, é claro que há momentos dramáticos. A narrativa inclui a história da mãe de Diane, que foi prisioneira em Auschwitz e saiu de lá pesando apenas 11 quilos. Diane nutre uma admiração natural por sua mãe, o que fica evidente em todos os momentos de sua vida. “Mulher no Comando” também retrata sua vida no jet set nos anos 70, incluindo seu casamento com um príncipe, que lhe deu dois filhos. Além disso, oferece uma visão geral dessa época de amor livre, da cena no Studio 54 e, principalmente, do que levou Diane a criar o famoso vestido envelope, que revolucionou a moda feminina naquele momento histórico.
Diane também não deixa de mostrar o lado não glamoroso de sua vida. O documentário aborda os problemas com seus filhos, com seu ex-marido que faleceu de AIDS e, é claro, os desafios enfrentados com sua empresa, que a levaram a perder praticamente tudo. No entanto, Diane se recupera e transmite uma mensagem poderosa de força para mulheres empreendedoras. Não é à toa que amigas como Hillary Clinton e Oprah Winfrey falam dela com tanto respeito. Além disso, jornalistas importantes, Marc Jacobs e Christian Louboutin, entre outros, compartilham histórias repletas de admiração. Eu gostei e passei a admirar ainda mais essa criadora, que fala o que pensa e inspira tantas outras mulheres.
Nosso blog Geek.etc é o refúgio perfeito para os amantes do cinema, anime e seriados, onde as histórias ganham vida e mergulhamos em universos infinitos.
Fotos: Reprodução, Divulgação, bloghollywood, Google