Quando assisti ao primeiro trailer de A Mãe da Noiva, que estreou recentemente na Netflix, imediatamente lembrei-me de Ingresso para o Paraíso. O filme protagonizado por George Clooney e Julia Roberts (atualmente disponível na Globoplay) também abordava pais presentes no casamento de sua filha/filho em um lugar paradisíaco. E isso acaba reunindo um casal do passado novamente (após várias confusões, é claro). A história é simples e clichê, mas em Ingresso para o Paraíso tínhamos George e Julia. Em A Mãe da Noiva, temos Brooke Shields e Benjamin Bratt (que, coincidentemente, é ex de Julia na vida real, rs). Ou seja, é um produto de segunda categoria, onde os problemas do roteiro se tornam ainda mais evidentes. Mas é simpático.
No filme, Lana (Brooke Shields) fica surpresa quando sua filha Emma (Miranda Cosgrove) comunica que vai se casar na Tailândia no próximo mês! No entanto, as coisas complicam-se ainda mais quando Lana chega ao resort tropical onde o casamento ocorrerá e descobre que o pai do noivo é seu antigo amor, Will (Benjamin Bratt), que a deixou com o coração partido décadas atrás. Lana, então, encontra-se lidando não apenas com os preparativos para o casamento de sua filha, mas também com a ressurgência de sentimentos e mágoas do passado. Entre ensaios de dança, escolha de trajes e jantares, Lana é confrontada com uma encruzilhada emocional, onde precisa decidir entre seguir em frente com sua vida ou reviver um romance do passado.
O que eu achei?
A história dos reencontros de amores mal resolvidos do passado em casamentos tem sido um tema recorrente. Não estou me referindo apenas a Ingresso para o Paraíso, mas também ao grande sucesso do início deste ano, Todos Menos Você (atualmente disponível no MAX). No entanto, A Mãe da Noiva parece um telefilme feito com um orçamento reduzido (a Tailândia parece um estúdio). E especialmente com um diretor que permite que os atores cometam vários excessos.
O casal jovem não funciona (o roteiro não dá oportunidades). No entanto, o principal problema é Brooke Shields. Tentando ser engraçada, ela está exagerada, cheia de expressões faciais que, sinceramente, irritam. Sei que Brooke pode ser uma boa atriz, mas precisa de um bom diretor. Rachael Harris (de Lucifer), coitada, parece que ainda está presa à personagem da série. No final das contas, quem se destaca é Benjamin Bratt, que parece ter se divertido muito com tamanha bobagem. E vamos concordar, ele está em ótima forma física!
Ainda há algumas piadas que funcionam. A melhor é a referência de Brooke à Morticia Addams, que ela interpretou no teatro. E no final, acaba sendo até simpático. Mas poderia ser muito melhor. De qualquer forma, o filme foi um sucesso. Brooke postou no sábado que A Mãe da Noiva é o filme número 1 da Netflix. Rsrs, semana fraca, não é?
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