Eu assisti todas as temporadas de The Walking Dead. Gostei muito da série mesmo quando ela se desviava do foco principal, que era a química entre os personagens amados pelo público, e se preocupava com histórias desnecessárias. No entanto, isso me incomodava bastante. Fiquei desapontado ao perceber que esse problema também está presente no spinoff The Walking Dead: The Ones who Live, que estreou na última sexta-feira no Prime Vídeo.
Para aqueles que assistiram à série principal, sabem que Michone deixou seus filhos para trás assim que viu uma pista de que Rick poderia estar vivo. Em The Ones who Live, acompanhamos o que aconteceu com Rick após a explosão da ponte, bem como a jornada de Michone para encontrá-lo. Também somos apresentados à relação entre os dois após o reencontro.
Minhas impressões
A série conta com seis episódios, mas parecem mais. Isso ocorre porque, como mencionei no início do texto, há uma perda de tempo com detalhes desnecessários do cotidiano do exército – RCM – que mantém Rick prisioneiro. O primeiro episódio aborda exclusivamente a trajetória de Rick, com idas e vindas no tempo. O segundo acompanha a história de Michone até encontrá-lo. As partes que se concentram na jornada de Michone são mais interessantes, principalmente porque ela encontra um personagem igualmente ótimo, interpretado por Matthew Jeffers de New Amsterdam.
No entanto, no geral, foi difícil acompanhar tudo. Apesar de serem excelentes atores, nunca consegui sentir a química e o grande amor que Andrew Lincoln e Danai Gurira tentam mostrar entre Rick e Michone. Acredito que o grande problema seja o fato de nunca termos tido a oportunidade de acompanhar a sedução entre eles. Devido a um salto temporal em The Walking Dead, eles eram amigos em um dia e amantes no próximo. De qualquer forma, ambos os atores tentam. O episódio que melhor funciona é o quarto, escrito por Danai Gurira. No entanto, mesmo esse episódio possui um problema grave – é difícil (pelo menos para mim) entender as ações de Rick, especialmente conhecendo tanto o personagem de The Walking Dead.
Ainda é difícil para mim entender toda a história do RCM. Há muita conversa (a cena do quase monólogo de Terry O’Quinn no último episódio parece não ter fim). No entanto, há algumas coisas que valem a pena. Pollyana McIntosh continua excelente como Jadis (ótima atuação, apesar do cabelo sempre horrível, rs). E a cena final feliz (#spoileralert) é emocionante. De qualquer forma, foi uma decepção. Agora é esperar pelo terceiro spinoff, que é sobre Daryl (Dead City). O spinoff com Negan e Maggie, Dead City, já está disponível – crítica aqui).
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