A Epic Games tem a intenção de lançar Fortnite em diferentes formatos: um aplicativo dedicado (hospedado em lojas como a PlayStation Network, Xbox Live e sua própria Epic Games Store) ou por meio do side load, onde você baixa o pacote de instalação para o Android, mas fora da Play Store do Google.
De acordo com Tim Sweeney, CEO da Epic, isso pode mudar em breve. E quando ele diz “mudar”, ele se refere a disponibilizar Fortnite na Steam, da Valve Corporation.
Vamos competir e também vamos lançar o Fortnite em qualquer loja séria que ofereça ótimas condições para os desenvolvedores. Steam, Microsoft, OneStore, qualquer uma: ofereça ótimas condições para os desenvolvedores e nós vamos apoiá-lo. O fim dessas taxas ridículas de 30% está próximo. pic.twitter.com/0sxTYJdkP4
— Tim Sweeney (@TimSweeneyEpic) 12 de dezembro de 2023
Em resposta a um ex-desenvolvedor de jogos no X (ex-Twitter), Sweeney disse que, embora sejam concorrentes, ele está disposto a permitir o acesso ao principal jogo da Epic Games em qualquer loja, desde que suas práticas sejam justas:
“Vamos competir, mas também vamos disponibilizar o Fortnite em qualquer loja que ofereça às desenvolvedoras um ótimo acordo. Steam, Microsoft, OneStore, qualquer uma: dê às suas desenvolvedoras um acordo espetacular e nós as apoiaremos. O fim dessas taxas ridículas de 30% está próximo.” – Tim Sweeney, CEO da Epic Games
A dona do Fortnite está celebrando uma vitória após uma longa batalha judicial contra o Google. No último dia 12, um tribunal nos Estados Unidos decidiu a favor da Epic em um processo contra as taxas cobradas pelo Google pelo uso da sua Play Store. Essa situação é irônica no sistema judiciário dos EUA, já que a Epic perdeu para a Apple em outro processo semelhante.
No entanto, a vitória contra a empresa de Mountain View fez com que a Epic expressasse o desejo de um “round 2” contra a gigante de Cupertino.
Compreendendo as taxas diferentes para o Fortnite
30%.
Essencialmente, é comum que as principais lojas digitais cobrem 30% das receitas dos aplicativos hospedados em suas plataformas. A Apple faz isso. O Google também.
O problema é que “30%” não é um valor fixo, mas sim uma taxa calculada com base na receita obtida pelo aplicativo dentro da loja, seja ele gratuito ou pago e inclua anúncios de terceiros.
Suponhamos que o Fortnite, se estivesse na App Store, faturasse US$ 1 milhão em um determinado ano. Dessa quantia, a Apple, dona da loja, ficaria com US$ 300 mil. Se a receita subisse para US$ 2 milhões no ano seguinte, a Epic Games teria que pagar US$ 600 mil e assim por diante. Outras lojas cobram porcentagens diferentes – a Epic Games Store, por exemplo, cobra uma taxa de 12%.
Por causa disso, a empresa estava gastando mais dinheiro com as taxas das lojas do que com o próprio investimento no Fortnite. Por isso, ela ofereceu o side load no Android (algo que não é permitido no iPhone, a menos que seja através de pirataria) e iniciou os processos contra a Apple e o Google.
A situação com a Apple ainda está pendente: a derrota da Epic Games está aguardando revisão na Suprema Corte dos Estados Unidos e, embora a empresa esteja confiante em sua vitória, ainda não há uma data para a análise da documentação e o reinício do processo.
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Fotos por: Divulgação, TecMasters, Google
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