Parecendo não conhecer a expressão “vai devagar aí”, a empresa sul-coreana Samsung lançou dois anúncios no setor de SSD (disco de estado sólido) que são, literalmente, muito grandes: um novo disco com capacidade de 256 terabytes – sim, TERAbytes – e uma arquitetura de SSD que promete no futuro ter discos com capacidade de petabytes – sim, PETAbytes.
É importante ressaltar que tanto o SSD de 256 TB quanto a nova arquitetura não são projetados para o consumidor final, então não espere aumentar drasticamente o armazenamento do seu computador pessoal. Ambos os projetos têm foco comercial de alto desempenho – como “servidores”, “parques tecnológicos” e “data centers”.
Esses anúncios foram feitos durante a Flash Memory Summit (FMS), uma feira dedicada a novidades na área de armazenamento e memória, com foco no desenvolvimento de tecnologias para a ampliação de aplicações de inteligência artificial (IA).
Começando pelo menor dos produtos, o SSD de 256 TB utiliza memória NAND com células de quatro níveis (QLC) e, de acordo com testes realizados pela Samsung, ele consome até sete vezes menos energia do que o equivalente a oito SSDs de 32 TB (com o mesmo volume de armazenamento, mas com um consumo de energia muito maior).
Já a nova arquitetura é uma estrutura tecnológica para que outras empresas possam criar seus próprios produtos com base nela. É semelhante ao que a NVIDIA faz com as placas de vídeo Geforce, por exemplo, com várias opções disponíveis de diferentes fabricantes.
A tecnologia chamada “Flexible Data Placement” é usada nessa arquitetura e permite otimizar o desempenho em tarefas pesadas, como aplicações de IA. O software utilizado é de código aberto.
É possível que algumas dessas novidades cheguem ao público consumidor no futuro? Sim, mas provavelmente não será tão cedo. A produção em massa de um SSD dessa escala costuma levar tempo, e a Samsung provavelmente está de olho nesse mercado.
Levando em consideração a demora que houve para os discos rígidos (HDs) aumentarem sua capacidade de armazenamento de dezenas para centenas de gigabytes, é provável que ainda haja muito trabalho de pesquisa antes que essas tecnologias se tornem comuns em computadores pessoais.
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Fotos: Divulgação, Google e TecMasters